Avaliações
Sabe-se que para uma boa intervenção, faz-se necessário uma avaliação abrangente para que as metas sejam traçadas de maneira eficaz. Na abordagem de Integração Sensorial de Ayres®, as grandes pesquisadoras da área enfatizam sempre a importância de ferramentas estruturadas para que essa avaliação seja eficaz.
Sabe-se que para uma boa intervenção, faz-se necessário uma avaliação abrangente para que as metas sejam traçadas de maneira eficaz. Na abordagem de Integração Sensorial de Ayres®, as grandes pesquisadoras da área enfatizam sempre a importância de ferramentas estruturadas para que essa avaliação seja eficaz.
Além destes testes, podem ser utilizadas escalas COMPLEMENTARES como o Sensory Processing Measure – SPM, o Sensory Profile, as Observações clínicas estruturadas e nao estruturadas, o SOSI.
Importante, um bom e assertivo diagnóstico de Disfunção de Integração Sensorial só pode ser estabelecido respaldado por um raciocínio clínico baseado em dados e em testes padronizados da integração sensorial (atualmente são o SIPT ou EASI).
EASI Brasil
A avaliação chamada de EASI (Evaluation Ayres Sensory Integration) é uma nova ferramenta de desenvolvimento para avaliar as dificuldades e disfunções da Integração Sensorial.
O objetivo do EASI é fornecer um conjunto válido e confiável de testes para avaliar as principais funções de integração sensorial que fundamentam a aprendizagem, o comportamento e a participação.
O EASI mede a percepção sensorial, integração motora postural/ocular/bilateral, práxis e reatividade sensorial, de uma maneira que minimiza as influências da cultura, compreensão da linguagem e experiência anterior. Os testes EASI se destinam à crianças de 3 a 12 anos e serão estão sendo disponibilizados a Terapeutas Ocupacionais devidamente treinados, em formato acessível e de baixo custo. E em adição, não haverá está havendo custos adicionais envolvidos na pontuação dos testes.
Como teste de acesso aberto, o EASI será está sendo disponibilizado aos profissionais que concluírem os programas de treinamento reconhecidos pelo Conselho Internacional de Educação em Integração Sensorial de Ayres (ICEASI).
Por que usar o EASI?
A vantagem do EASI será sua padronização, que incluirá uma amostra representativa internacional coletada em aproximadamente 100 países, portanto adequada para uso em um país em desenvolvimento como o Brasil. Nosso país contribuirá com aproximadamente a amostra normativa de 1000 crianças típicas.
Como funcionará o processo de conversão para o EASI?
Os terapeutas ocupacionais já treinados na administração e interpretação do SIPT poderão passar por um processo de conversão para administrar e interpretar o EASI. Prevemos que o treinamento de conversão começará a partir de 2022. Esse treinamento será trazido pela Collaborative for Leadership in Sensory Integration (CLASI), por meio dos organizadores no Brasil.
Como funciona para adquirir o kit do EASI?
Atualmente, a SPIDER Projetos e Equipamentos é a única empresa que recebeu permissão, após passar por um rigoroso e detalhado processo de conhecimento, provas do teste, maquinário entre outros, e estão com parceria com a ABIS para produzir e comercializar o kit do EASI para avaliação da percepção tátil. Além desse kit, o terapeuta ocupacional precisará adquirir outros materiais disponíveis no mercado convencional.
Quem está envolvido na coleta de dados normativos no Brasil?
Atualmente temos aproximadamente 300 TOs voluntários participando da coleta de dados normativos. A responsável pelo grupo da América do Sul que participa da coleta de dados normativos é a Dra Claudia Omairi e a líder da coleta de dados do Brasil é a Dra. Katya Eijsink Klein Gunnewiek.
Temos também os coordenadores de cada estado do Brasil para que tenhamos uma amostra normativa ampla e representativa.
Veja mais fotos do Kit EASI
Fonte das imagens: https://www.3dprintaj.com/easi/
Sensory Integration and Praxis Test - SIPT
O SIPT consiste em uma avaliação padrão-ouro da abordagem de Integração Sensorial de Ayres que reúne 17 testes fundamentados teoricamente por pesquisas científicas desde os anos 60. Esta avaliação é produto de mais de 30 anos de investigações e prática clínica da terapeuta ocupacional Jean Ayres sobre a Integração Sensorial e as Disfunções de Integração Sensorial.
O SIPT nos permite avaliar e expressar em detalhes, resultados quantitativos e qualitativos de diagnósticos dos distúrbios de integração sensorial e práxis. A aplicação e interpretação dos resultados só pode ser realizada por um terapeuta ocupacional com formação específica para o SIPT através da Certificação completa em Integração Sensorial (VIDE informações sobre a Certificação no Brasil). Os resultados desta avaliação descrevem as evidências do diagnóstico de disfunções do processamento sensorial e favorece ao terapeuta e sua equipe, o direcionamento do tratamento e orientações necessárias à família e à escola.
É válido esclarecer que o SIPT não oferece medidas de inteligência ou do desempenho acadêmico de uma criança mas, é um método padronizado para avaliar a práxis humana e suas habilidades fundamentais, como os sistemas tátil, vestibular e proprioceptivo, os quais apresentam relações significativas na aprendizagem e no comportamento.
Sua aplicação é indicada para crianças de 4 a 8 anos e 11 meses e pode ser utilizada em conjunto com outras avaliações de Integração Sensorial como Observações Clínicas de IS, Perfil Sensorial (PS) e Sensory Processing Measure (SPM). Além disso, o processo de avaliação deve ser enriquecido com observações livres, histórico do paciente e entrevistas com a família e professores.
O SIPT é composto por 17 testes organizados em quatro categorias:
Percepção Visual Motora Livre
Os testes desta sessão avaliam a habilidade de perceber e discriminar visualmente a forma e o espaço sem envolver a coordenação motora.
Os testes nos possibilitam também avaliar qual a mão que a criança usa e se cruza a linha média do corpo de forma espontânea ou tende a usar apenas um lado do seu corpo.
Somatossensorial
Os testes desta sessão avaliam a percepção muscular, tátil e das articulações. Nos testes somatosensoriais as crianças são convidadas a "sentir" ao invés de "ver".
Praxis
A habilidade prática é avaliada de seis maneiras diferentes: interpretar verbalmente instruções e assumir determinadas posições; habilidade de copiar modelos simples em representação dimensional; habilidades constitucionais (avaliação da forma visual e percepção de espaço).
Imitação de posturas corporais, movimentos e posição oral: de mandíbula, língua e lábios. E por último, imitação de movimentos seriados de braços e mãos.
Sensório – Motor
Quatro testes sensório - motores que envolvem a integração sensorial estão incluídos no SIPT.
O primeiro é a coordenação bilateral (habilidade de coordenar os dois lados do corpo), equilíbrio estático e dinâmico, precisão motora (avalia a coordenação olho-mão, capacidade prática, percepção visual e coordenação motora) e finalmente, o Nistagmo Pós Rotatório.
Este, mede a duração dos movimentos reflexos do olhos após a rotação do corpo e é especifico para identificar como o sistema nervoso está integrando sensações do sistema vestibular.
Abaixo, os 17 testes que são aplicados e analisados no SIPT:
1.
Visualização Espacial
2.
Figura Fundo
3.
Equilíbrio Estático e Dinâmico
4.
Visualização Espacial
5.
Práxis Postural
6.
Coordenação Motora Bilateral
7.
Práxis do Comando Verbal
8.
Práxis Constitucional
9.
Nistagmo pós Rotatório
10.
Precisão Motora
11.
Práxis Sequencial
12.
Práxis Oral
13.
Percepção Manual da Forma
14.
Cinestesia
15.
Identificação de dedos
16.
Grafestesia
17.
Localização dos Estímulos Táteis
Referências:
https://www.cl-asi.org/easi
Schaaf, R. C., & Mailloux, Z. (2015). Clinician´s guide for implementing Ayres Sensory Integration: promoting participation for children whit autism. U.S: American Occupational Therapy Association Inc.
MAILLOUX,Z. AN Overview of the Sensory Integration and Práxis Test. The American Journal of Occupational Therapy, v44, n7, 1990.
BODISON, S., MAILLOUX,Z. The Sensory Integration and Práxis Tests: Illuminating Struggles and Stengths in Participation at School. OT Practice, v.11 n17, 2006.
